Igreja…
Ponto de ônibus…
Paula, beijos, carinho….
Ônibus, terminal, fazer escolha…
Das nove opções de ônibus, três…
O mais perto…
Foi-se um (e não o meu)…
Foi-se o outro (ai, entrei no que demora mais)…
Saiu!
Ônibus, pessoas, situações…
Quando carro tiver, sentirei falta…
De verdade!
Igreja São Bento, Avenida Ipiranga, Rotatória do Fragata, Avenida Tiradentes, Tauste Sul, Banco Itaú, Semáforo e um grito: aaaaaaaaaaahhhhhhhhhhhhhhhhhhh!!!
Eu vi, ela olhou para trás e para cima…
Como se visse algo de terrível para fora da janela do ônibus…
Mas era um grito de dor!!!!
Pessoas se assustam (como eu assustei!), pessoas levantam (como eu me levantei!), vão até ela (eu não fui, para que mais um amontando!)…
Motorista corre para o hospital (gritam alguns!!!); mas, silenciosamente é o anseio de todos!
Ele obedeceu e circulou a rotatória mais nova da cidade, a reformulada, que tem a bandeira do Munícipio no mastro central…
Banco Itaú, Avenida Tiradentes, Habib´s, Rotatória, Semáforo, Hospital das Clínicas.
A mulher que estava à minha frente gritou: abre a porta que eu vou lá chamar a ambulância!
Ele obedeceu! A mulher correu…
Um absurdo a seqüência: pedem para o ônibus subir a rampa do hospital! A explicação: é que está na rua, o que é da competência do SAMU.
Burocracia cumprida e uma mulher morrendo… ABSURDO!
Mas veio a maca e alguns enfermeiros…
A mulher teve um ataque epilético disse a que estava a minha frente, já de volta e sentada novamente.
Vera, eu já vi esta mulher lá na vila, mas não sei quem é! – disse ela para uma moça que usava amuleta.
Eu também não lembro dela – respondeu a Vera.
Os enfermeiros a colocaram na maca, a maca subiu a rampa do hospital e ônibus fez o retorno.
Avenida Tiradentes, Habib´s, Banco Itaú (nunca mais será o mesmo para mim!), Rotatória reformada, Viaduto "da Marilan", Big Mart… levanto… puxo a cordinha, que acende a luz, que significa: Eu vou descer no próximo!
Tchau! – despedi-me da mulher que estava sentada à minha frente – Bom descanso, Deus abençoe!
Tchau, amém!
Desci no mesmo ponto de (quase) sempre.
O ônibus, um dos 9 que posso pegar (lembram?), mas que era o 3º disponível naquela hora no Terminal, o último a sair…
O ônibus foi para o seu destino, com seus passageiros, deixando um por um que como eu, sabiam que uma não chegaria em casa de ônibus naquela noite…
Espero que na bolsa havia o telefone de sua casa, melhor, espero que seus familiares já estejam com ela; melhor ainda, que ela já esteja com eles em casa!
Incrível! Isso porque não contei a viagem de 15 minutos do ponto de sempre (o de ida) até o Terminal nesta última segunda-feira (11/06)…
Resumidamente: eu e os demais passageiros vimos dois acidentes, duas motos e os respectivos motociclistas – um homem e uma mulher, ainda estatelados no asfalto; nem havìamos nos recuperado da cena, minutinhos depois uma cena pior: uma van escolar tombada, rodas pro ar (lateralmente), com uma mulher saindo de dentro – escalando a van! Horripilante. No jornal do dia seguinte só falaram deste acidente e outro que havia ocorrido no mesmo lugar minutos antes, mas não tinha nada sobre as motos!
Sem contar que anos antes eu e Tatiane estávamos num ônibus que pegou fogo!
Mas isso já é história passada, está documentada no livro "A vida ao sabor de abacaxi", com um único exemplar, presenteado à Tati.
Surpresas do dia-a-dia!