Fragmento de um poema… Profundo!

 
 
Revendo e relendo o livro Poemas Italianos de Cecília Meireles, decidi decorar a última estrofe de PISTÓIA – CEMITÉRIO MILITAR BRASILEIRO, mas na versão italiana.
 
Creio que consegui, por hora; desejo guardá-lo por muito tempo. E quando tiver coragem, recitá-lo em alto e bom tom:
 
"Intanto, e cielo, e terra, e fiori,
tutto è orizzontale silenzio,
Quel che fu piaga, è linfa e aroma.
– di quel che fu sogno non si sa –
e il dolore va lontano, nel vento."
 
No original:
 
"Entretanto, céu, terra, flores,
é tudo horizontal silêncio.
O que foi chaga, é seiva e aroma,
– do que foi sonho, não se sabe
e a dor anda longe, no vento…"
 
A primeira vez que li este poema, fiquei em êxtase tamanha a sensibilidade desta poetisa de frágil silhueta, mas fortíssima potência no manejo com as palavras, para externar e registrar sentimentos.
 
Neste, faz referência aos soldados brasileiros que foram lutar na Itália e lá estão enterrados. Belíssimo poema e perfeita maneira de falar sobre a morte: "é tudo horizontal silêncio/ tutto é orizzontale silenzio".
 
O poema na íntegra, leia no http://meninodoquarto.blogspot.com/
 
Abracci a tutti!
 
 
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As surpresas do dia-a-dia

 
Igreja…
 
Ponto de ônibus…
 
Paula, beijos, carinho….
 
Ônibus, terminal, fazer escolha…
 
Das nove opções de ônibus, três…
 
O mais perto…
 
Foi-se um (e não o meu)…
 
Foi-se o outro (ai, entrei no que demora mais)…
 
Saiu!
 
Ônibus, pessoas, situações…
 
Quando carro tiver, sentirei falta…
 
De verdade!
 
Igreja São Bento, Avenida Ipiranga, Rotatória do Fragata, Avenida Tiradentes, Tauste Sul, Banco Itaú, Semáforo e um grito: aaaaaaaaaaahhhhhhhhhhhhhhhhhhh!!!
 
Eu vi, ela olhou para trás e para cima…
 
Como se visse algo de terrível  para fora da janela do ônibus…
 
Mas era um grito de dor!!!!
 
Pessoas se assustam (como eu assustei!), pessoas levantam (como eu me levantei!), vão até ela (eu não fui, para que mais um amontando!)…
 
Motorista corre para o hospital (gritam alguns!!!); mas, silenciosamente é o anseio de todos!
 
Ele obedeceu e circulou a rotatória mais nova da cidade, a reformulada, que tem a bandeira do Munícipio no mastro central…
 
Banco Itaú, Avenida Tiradentes, Habib´s, Rotatória, Semáforo, Hospital das Clínicas.
 
A mulher que estava à minha frente gritou: abre a porta que eu vou lá chamar a ambulância!
 
Ele obedeceu! A mulher correu…
 
Um absurdo a seqüência: pedem para o ônibus subir a rampa do hospital! A explicação: é que está na rua, o que é da competência do SAMU.
 
Burocracia cumprida e uma mulher morrendo… ABSURDO!
 
Mas veio a maca e alguns enfermeiros…
 
A mulher teve um ataque epilético disse a que estava a minha frente, já de volta e sentada novamente.
 
Vera, eu já vi esta mulher lá na vila, mas não sei quem é! – disse ela para uma moça que usava amuleta.
 
Eu também não lembro dela –  respondeu a Vera.
 
Os enfermeiros a colocaram na maca, a maca subiu a rampa do hospital e ônibus fez o retorno.
 
Avenida Tiradentes, Habib´s, Banco Itaú (nunca mais será o mesmo para mim!), Rotatória reformada, Viaduto "da Marilan", Big Mart… levanto… puxo a cordinha, que acende a luz, que significa: Eu vou descer no próximo!
 
Tchau! – despedi-me da mulher que estava sentada à minha frente – Bom descanso, Deus abençoe!
 
Tchau, amém!
 
Desci no mesmo ponto de (quase) sempre.
 
O ônibus, um dos 9 que posso pegar (lembram?), mas que era o 3º disponível naquela hora no Terminal, o último a sair…
 
O ônibus foi para o seu destino, com seus passageiros, deixando um por um que como eu, sabiam que uma não chegaria em casa de ônibus naquela noite…
 
Espero que na bolsa havia o telefone de sua casa, melhor, espero que seus familiares já estejam com ela; melhor ainda, que ela já esteja com eles em casa!
 
Incrível! Isso porque não contei a viagem de 15 minutos do ponto de sempre (o de ida) até o Terminal nesta última segunda-feira (11/06)…
 
Resumidamente: eu e os demais passageiros vimos dois acidentes, duas motos e os respectivos motociclistas – um homem e uma mulher, ainda estatelados no asfalto; nem havìamos nos recuperado da cena, minutinhos depois uma cena pior: uma van escolar tombada, rodas pro ar (lateralmente), com uma mulher saindo de dentro – escalando a van! Horripilante. No jornal do dia seguinte só falaram deste acidente e outro que havia ocorrido no mesmo lugar minutos antes, mas não tinha nada sobre as motos!
 
Sem contar que anos antes eu e Tatiane estávamos num ônibus que pegou fogo!
 
Mas isso já é história passada, está documentada no livro "A vida ao sabor de abacaxi", com um único exemplar, presenteado à Tati.
 
Surpresas do dia-a-dia!
 
 
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“Segredos” de Família!

Como este blog está dedicado aos meus fragmentos, vou postar um desses fragmentos que diz respeito a algo publicado no outro blog:
 
 
O percurso de legalizar minha cidadania italiana, que descobri, já possuo, basta informar o país de origem do meu bisavô (Itália), que ele fez família (e bota família nisto, pois é muita, mas muita, muita gente mesmo, rsrs), aqui no Brasil.
 
Escrevi uma "crônica" a respeito dos livros A, B e C que todo ser humano possui ou possuirá – pelo menos aqui no Brasil; não sei como funcionam os registros em outros países.
 
Minha bisavó Carolina Dadalto que se casou com meu bisavô italiano tinha uma irmã gêmea – Marina Dadalto; elas nasceram no ano de 1895 em Brotas-SP. "Olha, este é um detalhe que eu não sabia!" – disse para a senhora do cartório.
 
Descobri este "detalhe" porque a senhora ligou em casa ontem para informar que o nome da Carolina Dadalto estava errado na certidão de nascimento… "Mais um nome para retificar!" – pensei. Mas disse a ela, hoje pela manhã, que poderia enviar com o nome que constava mesmo.
 
Então, ela disse que verificaria no processo de casamento dos dois. "Ah, sim, por favor, aproveita e vê se há algum documento original do meu bisavô" – que para mim é o mais importante. Como ela disse estar muito atarefada, eu disse que ligaria na segunda-feira próxima.
 
Mas hoje a tarde mesmo ela me ligou para desfazer o equívoco: "Não era possível que no índice estivesse Carolina e a certidão constava Marina, fui olhar novamente no livro e descobri que a Marina era irmã gêmea da Carolina".
 
Isto é incrível! Marina e Carolina, gêmeas. A nonna Carolina conheceu a mim e à minha irmã, faleceu com 87 anos de idade.
 
Dos onze filhos que tiveram, "nonna" Carolina e meu bisavô Primo Coneglian, somente a tia Lourdes está viva, aqui pertinho de mim. Quero visitá-la com urgência, fazer um monte de perguntas… Ano passado quando falei com a tia Lourdes por telefone, ela disse que tem uma tia viva também em Brotas.
 
Será que a Marina?
 
Que emoção seria! Eu não exitaria um instante em pegar um ônibus para Brotas para conhecê-la. Mesmo que não seja tia Marina, essa tia viva é irmã das gêmeas…
 
Estou numa espera ansiosa por uma resposta posivita e concreta de uma carta que enviei para Itália faz 11 dias, perguntando para o Archivo de Statto sobre a Certidão de Nascimento do meu bisavô.
 
Somente com esta resposta poderei dar continuidade ao processo da cidadania.
 
Abracci a tutti. Io amo Italia, la lingua italiana. Voglio stare là brevemente!
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As formigas irão dominar o mundo!

As formigas irão dominar o mundo!
 
Aliás, elas já dominam, só não tomamos conta da gravidade por que elas são discretas…
 
Mas não estão conseguindo esconder o poder que possuem.
 
Vejam, elas estão em toda parte, em qualquer hora, aos milhares, milhões, trilhões…
 
De todo tamanho, cor, espécie…
 
Pensando como criança tenho certeza que são elas que fazem o mundo girar sobre si…
 
Vocês não concordam?
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Eu tenho medo de assistir o Jornal Nacional

Dá MEDO!
 
É apavorante estar em casa a noite e assistir ao Jornal Nacional… aliás, assistir qualquer telejornal da TV aberta. Como não sou assinante de nenhuma TV por assinatura… não tenho muita opção…
 
…fazer um zapping, assistir um filme, um documentário, Friends, Smallville…
 
Estamos anestesiados diante de tamanha brutalidade que é estar VIVO,  a mercê da VIOLÊNCIA que predomina em nosso cotidiano.
 
Eu tinha um sonho: conhecer o Rio de Janeiro! – entre outros lugares, é claro.
 
Mas meu sonho passou, se desfez como uma nuvenzinha branca, rala, puff! sumiu…
 
Pela lei da probabilidade ou pela Lei de Murphy, por qualquer uma das duas, seria um fortíssimo candidato a passar por algum susto em terras cariocas… aí, aí… ser notícia no JN.
 
Está na hora do Editor-cefe do JN mudar a música de abertura. Sabe aquela do Plantão da Globo. Tem até comunidade no Orkut: "Tenho medo do Plantão da Globo". A música já prenuncia tragédia, morte, escândalo…
 
Quero mudar para a Terra do Nunca, lá só tem o Capitão Gancho como inimigo.
 
Ser raptado para o mundo da fantasia e lá viver para sempre…
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André, Clarice, peixes e tartaruga

 
 
 
Pois é, Clarice Lispector escreveu "A mulher que matou os peixes" e inicia o livro confessando: "A mulher que matou os peixes infelizmente sou eu."
 
Nesta última semana fiquei responsável de alimentar o "Tatá", a tartaruga de aquário da Cíntia e do Júnior. Eis que no terceiro dia o aquário estava com a água toda escura e o motorzinho de ar parecia não funcionar.
 
"Ai meu Jesus!" – fiquei assustado. Que incompetência! Não serve nem para babá de uma tartaruga… Não pude deixar de fazer o link e prever o lançamento do livro: "O rapaz que matou a tartaruga".
 
Graças ao bom Deus e apesar do André, "Tatá" vive.
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Sobre a Quarta-feira

 
Quarto dia da semana… Ou seja, há três dias antes e três dias depois… Quarta-feira é, exatamente o meio da semana… Por isso sempre gostei da Quarta-feira.
 
A filha de Gomez e Mortícia Addams se chama Wednesday – Quarta-feira em Inglês. Também gosto da Wednesday – a primogênita do casal e do nome em inglês da Quarta-feira.
 
Passei a gostar do nome da Quarta-feira em Espanhol também… é sonoro: Miércoles!*
 
Também sei seus nomes em Italiano e Francês: Miercoledì e Mercredi, respectivamente. Mas como não uso esses idiomas, não são tão sonoros quanto Miércoles.
 
Priscila uma vez me disse que Quarta-feira era o seu dia preferido justamente por ser o meio da semana, assim como eu. Então, passei a gostar ainda mais da Quarta-feira; quando não estou estressado e correndo, às Quartas-feiras eu me lembro desse gosto em comum e me recordo da minha grande amiga.
 
Mas a qualidade da Quarta-feira outro dia me surpreendeu. Na verdade, a inteligência e a capacidade das pessoas me surpreenderam. Chamaram um fulano, cujo nome é Adriano de "Quarta-feira". Não entendi e questionei o porquê. A resposta: – É por que ele tá sempre metido no meio de tudo!
 
Nota dez para a inventividade do ser humano: chamar uma pessoa de quarta-feira por que está sempre no meio de tudo, hahahahaha. Muito divertido!
 
E para dizer que hoje não é Quarta-feira: escrevo hoje, um dia depois de Quarta-feira. Quem ler estes fragmentos sobre a Quarta-feira, passará a recordar que André gosta de quarta, que Priscila gosta de quarta e que podem chamar uma pessoa intrometida, delicadamente de Quarta-feira.
 
É isso!
 
* Pois não é que aprendi que "Miércoles!" é usada como uma expressão para os latinos que usam o Espanhol… Paula – mi amiga boliviana, após ter lido o fragmentos acima, me contou uma história: era uma vez – de verdade, um "muchacho"; sobre o qual uma porção de fatos ruins acontecia-lhe sempre às quartas-feiras (miércoles). "Entonces", quando algo de "malo" acontecia a ele, em outro dia da semana, exclamava: "Miércoles!", algo como "Que Droga!", para nós brasileiros. (Ontem, 13/03, aprendi a expressão que os italianos usam: "Mannaggia!", rsrsrs). Pesquisei na web tentando encontrar o livro que conta a história do "muchacho" boliviano. Encontrei outras explicações como "miércoles" é dita no lugar de "mierda", rsrsrs. Quero ressaltar como é fantástica a relação homem-língua-cultura, ter a chance de comparar, não para dizer quem é melhor ou pior, mas para nos divertirmos e nos encantarmos com a criatividade do ser humano. Viram o que pode provocar uma simples "Quarta-feira"?!
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Fragmentos de “Memórias de Adriano”

 
Trechos do livro "Memórias de Adriano" – não li por completo, o que, segundo os direitos do leitor, estou dentro da lei, rsrsrs…
 
"O verdadeiro lugar de nascimento é aquele em que lançamos pela primeira vez um olhar inteligente sobre nós mesmos: minhas primeiras pátrias foram os livros." (p. 34)
 
"Gostava das relações estranhamente íntimas e singularmente indefinidas que existem entre professores e alunos, como um canto de sereia no fundo de uma voz trêmula que, pela primeira vez, nos revela uma obra-prima, ou nos dá a conhecer uma idéia nova." (p. 34)
 
"[…] Cada um se decide, vive e morre segundo suas prórpias leis." (p. 34)
 
"Nosso grande erro é tentar encontrar em cada um, em particular, as virtudes que ele não tem, negligenciando o cultivo daquelas que ele possui." (p. 40)
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Como si estubiera en casa

"Hablando en español y comiendo ´pimienta´ me siento como en casa!"
 
Paula ganhou um potinho de pimenta da Cíntia… ontem mesmo experimentou a "picante". Cíntia levou "tranças recheadas". Tudo muito gostoso e divertido. Tanto que "nuestra amiga boliviana" se sentiu na própria Bolívia.
 
Besitos a todos!
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Sobre o ato de escrever

“Adoro chegar em casa, fechar a porta do quarto, sentar na cama e escrever. Escrever é a solidão mais maravilhosa da existência.” – Fernanda Torres, atriz. (recorte de jornal, 21/01/2007).

 

É verdade… a solidão mais maravilhosa da existência!

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